Materiais isolantes térmicos

Esses materiais isolantes resultam da combinação de alguns dos materiais mencionados anteriormente, como a perlite expandida com poliuretano ou lã de rocha. Quando combinados, a camada de perlite é colocada na parte superior, já que suporta melhor a aplicação do calor para a fixação da impermeabilização, quando esta técnica é utilizada. As classes de compressibilidade conhecidas são classe B para a perlite em combinação com lã de rocha e classe C para a perlite em combinação com poliuretano.

Quando utilizado em placas de poliestireno ou poliuretano expandido, esses materiais geralmente são revestidos por uma membrana betuminosa para fixação ao suporte ou para fixação da impermeabilização em sistemas aderidos. No entanto, devido à sua sensibilidade às temperaturas envolvidas no processo de colagem, essa técnica pode ser desaconselhada. Nos últimos anos, o poliestireno expandido extrudido tem sido cada vez mais utilizado em placas simples para isolamento térmico em coberturas invertidas. Nesse sistema, o isolamento não é aderente, mas a baixa absorção de água e a alta resistência mecânica a esforços de compressão o tornam um dos materiais de eleição para esse fim. Apesar dessas características, é necessária a colocação de uma proteção pesada, como godo ou brita soltos ou lajetas pré-fabricadas, para garantir sua posição e proteção contra a radiação ultravioleta.

As placas ou mantas de lã de rocha são amplamente utilizadas como material de isolamento térmico. As placas podem ser simples ou revestidas com uma membrana betuminosa e normalmente possuem classes de compressibilidade B ou C. Sua classe de reação ao fogo é A1 ou A2, conforme definido pelo DL 220/2008, de 12 de novembro. Este material é altamente resistente a agentes químicos e biológicos e não é suscetível à deterioração. A lã de rocha é fabricada a partir de fibras minerais de rochas vulcânicas, como basalto e calcário, esta última sendo uma rocha sedimentar. Os nativos das ilhas havaianas já usavam essa fibra para proteger suas casas do frio e do calor. A lã de rocha é produzida aquecendo-se rochas basálticas e outros minerais a cerca de 1500°C, transformando-os em filamentos que são aglomerados com soluções de resinas orgânicas. Isso permite a fabricação de produtos leves e flexíveis ou até mesmo muito rígidos, dependendo do grau de compactação. O produto resultante é praticamente imune à aç

Com relação à sua resistência à água, apresentam um comportamento pior em comparação com a lã de rocha e o poliestireno expandido extrudido devido à sua maior absorção de água por imersão, que pode ser até 4,5 e 17 vezes mais, respetivamente. A absorção de água resulta em mudanças dimensionais significativas, podendo levar à sua separação do suporte se aplicado à vista. Além disso, a absorção de água diminui suas propriedades isolantes. Quanto às propriedades mecânicas, sua compressibilidade é aceitável. Atualmente, devido às suas propriedades não é uma solução corrente.

A perlite consiste em vidro vulcânico que pode ser expandido e tornado poroso através do aquecimento, causado pela libertação das moléculas de água que retém no seu interior. Graças à sua baixa densidade e excelentes propriedades isolantes, é amplamente utilizada como material a granel no isolamento de paredes de alvenaria. Além de fornecer isolamento térmico, também aumenta a resistência ao fogo, reduz a transmissão de ruído e possui resistência a insetos (quando relevante). Ao ser usada como agregado em argamassas, a perlite pode resultar em produtos leves, resistentes ao fogo e com boas propriedades isolantes, tornando-se uma solução adequada para aplicação em terraços, especialmente na camada de forma (pendente).

Enquanto suportes isolantes da impermeabilização podem também definir, simultaneamente, a camada de forma da cobertura. Estes betões são normalmente confecionados no local, utilizando granulado de argila expandida, granulado de poliestireno expandido ou perlite. Existe também como opção o betão celular. Neste betão é adicionado pó de alumínio ou zinco, caso seja fabricado em autoclave, ou resinas especiais no caso de ser produzido em obra. Estes aditivos provocam uma expansão que aumenta o índice de vazios no material o que leva a uma subsequente diminuição da condutibilidade térmica. Estes betões têm retração elevada, pelo que se aconselha a utilização de sistemas de impermeabilização independentes ou semiaderentes.